segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

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[O jornalismo que temos - exemplos de hoje]


Página 15 do 24 Horas, letras garrafais: Professor matou irmãos à facada
Página 15 do 24 Horas, letras pequeninas: Duplo homicídio em padaria começa a ser julgado amanhã

Página 12 do Correio da Manhã, letras garrafais: Funcionário desvia 98 mil euros da câmara
Página 12 do Correio da Manhã, letras pequeninas: os factos ocorreram entre 1998 e 2002 e o julgamento está (ou estará, o jornal não esclarece) a decorrer

Página 13 do Jornal de Notícias, letras garrafais: Matou amigo de 15 anos ao exibir-se com a arma
Página 13 do Jornal de Notícias, letras pequeninas: Jovem começa a ser julgado quinta-feira por homicídio ocorrido em 2004

Apenas três exemplos de jornais de hoje. Quem se ficar pelos títulos fica com a ideia de que estamos num país a saque. Quem tiver tempo para ler os textos percebe que se trata de mera estratégia comercial, disfarçada de notícia, para vender papel.
Nos mesmos jornais em que alguns eventos, do Governo, por exemplo, não são noticiados sob a alegação de que são re-apresentações, ou coisas do estilo. Nos mesmos jornais em que os lançamentos de obras e inaugurações são tratados editorialmente como propaganda, só porque quem os faz "volta ao local do crime".

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