domingo, 1 de fevereiro de 2009

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A morte do jornalismo (2)

Parte do problema, mas apenas parte, está a montante.
Penso que as pessoas responsáveis e respeitáveis - sejam eles empresários honestos ou simples donas de casa sensatas - não comprariam jornais nem veriam televisão em Portugal, se alguma vez tivessem a oportunidade de conversar durante meia hora com duas ou três pessoas das que fazem as notícias.
As redacções portuguesas estão hoje repletas de gente profundamente impreparada. Jovens mal pagos, com canudo mas sem experiência, e, principalmente, sem qualquer noção do que andam a fazer. Do papel que os media devem desempenhar nas democracias modernas.
E não se pense que isto se aplica apenas aos jovens estagiários. Nada disso. Pela escala acima, incluindo editores e mesmo directores, é uma desgraça. Não é apenas o factor juventude - embora também o seja -, mas acima de tudo o factor cultura. Cultura, no sentido mais lato do conceito, mas também mera cultura jornalística. E cultura cívica, principalmente.

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